sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Solidão

O coração bateu forte, disparado. O susto foi grande. O barulho da vassoura que caiu no chão deu cabo a imaginação. Naquele segundo ele pensou que fosse tudo, menos a vassoura. Podia ser um ladrão querendo entrar na casa; ou um ladrão que já entrara, e que iria o atacar; um fantasma? Não. Ele não crê em fantasmas. Mas nos momentos de medo tudo é possível. Até ele constatar que o barulho fora provocado pela vassoura que caíra no chão, já havia imaginado de tudo.

Mas por que? Será ele um medroso? Um borra-botas? Não, caro amigo. O caso aqui, é que nosso colega estava só. Sozinho em sua casa. E a vontade de ter alguém lhe fazendo companhia era enorme. Tanta que uma simples vassoura barulhenta despertou-lhe a imaginação, que mostrava a presença de alguém para lhe dar companhia. E que podia ser até mesmo um ladrão. São coisas da solidão.

Esse nosso colega, que aqui vem comentado, passa por sérios problemas de solidão. Ele conhece pessoas, tem amigos, fala com muita gente... Mas nos momentos pessoais, íntimos, nos momentos caseiros, nos momentos que ele mais precisa de alguém, sempre está só. A solidão se caracteriza pela falta de pessoas ou de uma pessoa ao nosso lado. E a solidão desse nosso colega, não acabará com qualquer companhia. A solidão dele é a falta de uma pessoa em especial. É a falta de uma companheira, um amor, uma paixão. É a falta de alguém que o ame, e que lhe permita amar. É essa solidão que nosso colega vive.

Quem já não passou por essa solidão? Quando você mais precisa de alguém que lhe faça companhia, que lhe dê carinho, abraços, beijos, que te escute e saiba dizer palavras consoladoras, que te lembre nos momentos mais difíceis que há alguém que te ama... Mas esse alguém não está a seu lado. Você já deve ter tido essa experiência. E como foi? Não deve ter sido muito boa, né? Ninguém gosta. Bom, pelo menos não conheço ninguém que tenha bons comentários a respeito dessa experiência.

Essa é a solidão do coração. Do amor. Na linguagem popular, para os homens é a falta de mulher, para as mulheres é a falta de homem. Quase sempre é uma solidão passageira, logo se encontra a pessoa que resolve o problema. Mas há casos que parecem ser eternos, casos de solidão que já duram muito tempo e que não dão sinal ter um fim. Para quem passa por isso, desculpe-me, mas, aqui não se encontra a solução. Nosso colega, que há pouco eu comentava, passa por isso. E a solução parece ser muito remota. Mas tranqüilize-se, se nosso colega encontrar a solução, eu compartilho com você numa próxima oportunidade. Se bem que, se a solução de nosso colega vier a ser encontrada, não escreverei sobre ele, mas sim sobre mim.

Bom... Enquanto isso não acontece com ele, com você, e com todos os outros, vamos tentar suavizar esta solidão. Cada um de seu jeito. Alguns vêem pessoas em tudo, até mesmo em vassouras que caem; outros lêem crônicas e estórias de solitários para buscar a solução do problema; e, por fim, há uns poucos que escrevem sobre o assunto... 


- 02 de abril de 2001. 


 

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Cennarium

O site Cennarium (www.cennarium.com) disponibiliza um acervo de peças de teatro gravadas com grande qualidade e que podem ser assistidas no computador, através da compra de créditos.

Durante os dias 07 e 17 de outubro, as peças infantis estarão com por R$3 e R$6. (http://www.cennarium.com/especiais/dia-das-criancas)
São elas:

- O Soldadinho e a Bailarina (a partir de 12/10 – com Luana Piovani)

- Sapo Vira Rei Vira Sapo

- A Caverna do Dragão - O Duelo Final

- Ogroleto

- Chapeuzinho Vermelho e o Lobo

- Alice e Gabriel

- Avoar

- Panos e Lendas

- A Lenda do Quebra-Nozes

- Os Três Porquinhos - O Musical


O grande destaque é, sem dúvida, a estréia, em 12 de outubro, de “O Soldadinho e a Bailarina”, com Luana Piovani e que acabou de entrar em cartaz na cidade de São Paulo/SP.

Ainda dentro desta campanha, serão sorteados, via Twitter, 3 ingressos para o Hopi Hari e 2 convites para assistir à peça “O Soldadinho e a Bailarina”, no teatro Procópio Ferreira. 


A Pena e a Lei

Comemorando os 40 anos do Movimento Armorial, o musical A Pena e a Lei recria com fidelidade o que foi concebido pelo autor, Ariano Suassuna, com músicas interpretadas ao vivo com instrumentos típicos do nordeste, como a rabeca, e com os atores/cantores contracenando com mamulengos.


A história se passa em Taperoá, uma pequena cidade do nordeste, e baseia-se numa trama de enganos e traições, retratando os valores e a moral do povo sofrido do sertão. No primeiro ato, A Inconveniência de ter Coragem, Benedito, um negro esperto que adora aprontar, precisa enfrentar Vicentão Barrote e o Cabo Rosinha, dois cabras valentes e fortes, para conquistar coração da bela Marieta.

Já no segundo ato, O Caso do Novilho Furtado, o exercício da justiça humana mostra a corrupção das autoridades, gerando decisões com base em documentos falsos e falhas das testemunhas.

No terceiro ato os personagens chegam diante da Justiça Divina, onde discutem a causa das respectivas mortes, descritas por Benedito e envolvendo lições e críticas de conduta, em que até o Cristo, de novo traído por Judas, é acusado de ter criado toda a confusão do mundo, embora lembre a fé, a esperança e caridade pelas quais os homens se salvam.e seguindo com fidelidade o que foi concebido pelo autor Ariano Suassuna, o espetáculo musical A Pena e a Lei apresenta em três atos, segundo o autor, “uma farsa da moralidade, uma tragicomédia, que apresenta a disputa dos homens pelas mulheres e pelos bens materiais, enganando uns aos outros, usando de poderes e outras táticas para alcançarem seus objetivos. Um vale-tudo no qual prevalece o famoso ‘jeitinho brasileiro’, que nem sempre dá certo”.

Baseado em elementos da cultura popular nordestinas, o musical diverte e provoca reflexões sobre a situação daquele povo, além de possuir canções interpretadas ao vivo e atores/cantores contracenando com mamulengos.


Serviço

A Pena e a Lei

Casa de Cultura Elbe de Holanda
Rua Eng. Rozauro Zambrano, 302 – Jardim Guanabara - Ilha do Governador
2466-0661 / 2466-0100
R$20 (inteira)
De sexta à domingo, 20h
De 8 à 31 de outubro


Ficha Técnica

Direção: Jorge Sorriso
Direção musical: Marcelo Neves
Com Carlos Albuquerque, Enildo Dellatorre
Realização: Grupo de Artes e Teatro da Ilha do Governador (Gatig)