terça-feira, 15 de novembro de 2011

Lindo Sonho


(30 de Maio de 2002)

Meu Amor! Esta noite sonhei contigo
O sonho mais real que é possível sonhar.
Você como um anjo trazia consigo
Todas suas belezas que me fizeram amar.

Um lugar que não lembro onde é,
Um tempo que não lembro quando.
Só lembro que havia eu e você
Numa infinita magia nos amando.

Desejando que não tivesse fim,
Despertei e me pus a chorar.
Não de tristeza, mas pena de mim.

Quem me visse veria um ser medonho,
Um ser chorando por querer voltar,
E nunca mais sair daquele Lindo Sonho.


^^

domingo, 13 de novembro de 2011

Conturbações

(30 de Maio de 2002)

O beijo no rosto é um bom sinal
De que existe algo além das palavras.
Tristezas se dissolvem com um olhar.
Um abraço liberta almas escravas.
Pessoas doentes se entreolham
Fugindo de passadas mortes bravas.

Não se pode, na verdade, explicar
Como e porque da existência humana.
Quem pensa ter tudo, não tem nada,
Não pensa, não vive, se engana.
Um simples sim faz muita falta
Para derrubar a visão insana.

Beijos que calam palavras insultantes.
Olhos que vêem almas em corpos fechados.
Doentes tentam viver sem saber quem são.
Pensadores, de mãos vazias, enganados.
Quem quer saber fica a deriva de um sermão,
Quando de estátuas se esperam gestos roubados.

Os dias que se foram jamais voltarão.
O tempo passa enquanto o mundo gira.
Os animais correm atrás de seus instintos.
Os sentimentos fogem de quem os sentira.
Uma nova luta a cada novo sol.
A verdade quando chega diz se chamar mentira.

Não há mais razão nem sequer prazer.
Entregas de corpo e alma são perdidas.
Emoções surgem do acaso obscuro.
Belezas raras ficam esquecidas.
Um juramento não tem valor como devia.
Nossa ceia se faz com armas despidas.

Se haviam planos, ideias novas surgiram.
O destino se altera durante o caminho.
Enquanto houver desejo de morte,
 Haverá sede, fome e falta de carinho.
Se uma multidão morre junta de alegria,
Por que quererei eu me destruir sozinho?

=|

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Devaneio

(14 de Dezembro de 2001)

São estes ares nunca d'antes respirados,
que apavoram o ser imundo social.
Sem sorrisos ou desgostos assombrados,
para falta de um tempo desigual.

Da calúnia e injúria adquiridos,
se alimenta a sede cega de alguém.
Quando muito se calcula o que é perdido,
quando pouco o culpado é ninguém.

No céu que agora sobe a nuvem enegrecida,
já passou o rei da paz celestial.
Mas agora nem a pobre entristecida,
ameniza o assassino sem igual.

Por valores esquecidos se assassinam,
por mentiras apazíguas se contemplam.
A verdade que assombra é a única,
o descaso que condena não comentam.

Não sabemos ser humanos,
não sabemos nem quem somos.
E se não sabemos, para que sermos?
E se sabemos, aonde vamos?

O objetivo em questão não é real,
Se há muito foi-se embora a esperança.
Por um ósculo se perde o natural.
Por um tudo se pensa em ser criança.


:-|