sábado, 18 de setembro de 2010

De repente, a Chuva

A chuva muda tudo. Já repararam como a chuva muda tudo? Você planeja ir ao clube, à piscina, jogar bola... Aí, vem a chuva e você fica em casa procurando o que fazer, tentando “improvisar”. Se a chuva vem com relâmpagos e trovões você se preocupa com os eletrônicos da casa. E se os trovões forem fortes, se ocupa em tirar esses eletrônicos da corrente elétrica.

De uma tarde assim nasceram os bolinhos de chuva. Não estou afirmando. Estou supondo. Imagine comigo: Numa tarde qualquer uma família planejava ir à piscina, ao rio pescar, ou então à praça passear, qualquer um desses entretenimentos ótimos com um lindo sol brilhando lá em cima. Mas de repente começou a chover, chover forte, com raios e trovões (o Dr. Victor do Castelo Rá-tim-bum que me perdoe o plágio), e essa típica família ficou presa em casa. Sem ligar a televisão, rádio, ou aparelhos eletrônicos com medo dos relâmpagos. Assim a “mãe” da família teve de inventar algo para passar o tempo. A mãe é sempre uma heroína nesses momentos. E o que essa mãe fez? Pegou alguns ingredientes no armário, desses que todos têm em casa, misturou tudo e fritou a massa toda em pequenos pedaços naquela panela cheia de óleo que talvez servira para fritar as batatinhas do almoço. Depois ainda jogou açúcar nos bolinhos fritos. Pronto! Estava inventado o bolinho de chuva. Claro que ele já existe há muito tempo, pois são nossas avós as especialistas nesse prato. Mas não é difícil de imaginar como foram inventados.

A chuva repentina também é ótima para dormir, ou para quem estiver sem sono, deitar na cama e pensar na vida. Também se pode aproveitar esse momento para escrever. Eu, por exemplo, não sei fazer bolinhos de chuva, não estou com sono, e se parar para pensar na vida, começarei a chorar mais que a chuva (sem querer entristecer o leitor), então venho aqui escrever. Escrever o bolinho, escrever a chuva. Por falar em chuva, ela já não cai mais. Só escuto agora seus trovões lá longe, dando o sinal de que ela só passou aqui para me despertar a criatividade. Ou será que passou para me por a pensar na vida? Ou então, pensando que eu estivesse cansado, só queria me por para dormir... Não. Acho que ela só passou para eu fazer uns bolinhos de chuva pensando nela. Só que ela não contava com minha ignorância culinária. Pobre chuva, perdeu viagem. Mas isso não vai acontecer novamente. Caro leitor, com licença, vou aprender a fazer bolinhos de chuva.

- 25 de março de 2001.


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